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Intervenção na Torre Sineira e na Cisterna de Miranda do Corvo


Em 2011, com o projeto da Rede Urbana dos Castelos e Muralhas do Mondego, o Município de Miranda do Corvo elaborou um plano de requalificação do Alto do Calvário, zona envolvente, Torre, Cisterna e Altares da Igreja Matriz. O conjunto de intervenções proporcionará a criação de um núcleo museológico na torre e na cisterna e a criação de um miradouro sobre a Vila. Como afirma Santos, V. (2013), “o estado de abandono da zona levou, na primeira metade do século XX, a duas grandes intervenções urbanísticas que alteraram, completamente, a fisionomia do antigo cabeço do castelo. A primeira intervenção, realizada na década de 1930, centrou-se na Torre Sineira, descaraterizando-a por completo. Esta torre fazia parte da cintura de muralhas, como torre de ângulo, tendo sido aproveitada, no século XVIII, como torre sineira da atual Igreja Matriz. Durante os anos de 1940 e 1950, com a chegada do Padre Coimbra à paróquia de Miranda do Corvo, novas obras transformaram o Caramito naquilo que é hoje: o Alto do Calvário.” O projeto inicial previa a ligação subterrânea entre a Torre Sineira e a Cisterna. Não obstante, a descoberta da necrópole rupestre reorientou as soluções consideradas para o Alto do Calvário. O projeto de intervenção prevê as seguintes obras: • Pavimentação do morro; • Criação de um pano de pedra ao longo de todo o caramito, proporcionando um enquadramento mais digno aos quadros de azulejo trabalhados por Monsenhor Nunes Pereira, representando os 12 capítulos da Via Sacra; • Obras de abertura da abobada da cisterna, criando uma entrada em escada e permitindo no seu interior criar um pequeno núcleo expositivo de arte contemporânea na Vila; • Obras de intervenção na Torre: que inclui a picotagem exterior e consolidação possível do seu material de revestimento original, melhoria de acesso e consolidação dos pisos interiores, criação de um miradouro coberto no piso superior.